Pontos cantados exus e pombagiras: individuais

Exus

Arranca Toco

1.

Oh! Meu Senhor das Almas

De mim não faça pouco

Olha lá que ele é Exu

É Exu Arranca Toco

2.

Vou dar minha gargalhada

Mas não pensem que eu sou louco

Eu sou grande na encruza

Me chamam Arranca Toco

Calunguinha do Mar

Meia-noite a maré vazante,

Lua veio anunciar. (bis)

Eu já vou vencer demanda,

Saravá, Calunguinha do Mar. (bis)

Exu das Campinas

1.

Campinêro ê, rerê,

Campinêro á. (bis)

Saravá Exu Campina,

Laroiê, é mojubá. (bis)

Capa Preta

1.

Com faca de dois gumes

Ninguem pode jogar

É o Exu da Capa Preta

que chegou pra trabalhar

2.

Seu Capa Preta, me cubra com sua capa

Quem tem a sua capa escapa

A sua capa é um manto de verdade

Ela encobre todo mundo

Só não encobre a falsidade

3.

Não era meia noite

Quando ele chegou

Com sua capa preta

Dizendo que era doutor

Mas ele era Exu

Dizendo que era doutor

4.

Ao passar Exu por uma encruza

Com ele não se meta

É ali que ele trabalha

É o reino do Capa Preta

Capoeira

Nesse terreiro

Sapo geme e cobra pia

Seu Capoeira

Faz a noite virar dia

Caveira

1.

Ê, puerê, ê, puerá

Ê, puerê, ê, puerá

Olha a mosca varejeira

Salve Exu Caveira!

2.

Portão de ferro

cadeado de madeira

na porteira do cemitério

quem mora é Exu Caveira

3.

A porta do inferno estremeceu

Veio todo mundo para ver quem é

Ouviu-se gargalhada na encruza

Era Seu Caveira com a mulher de Lucifer

4.

Ê, Caveira, firma seu ponto na folha da bananeira, Exú Caveira! (x2)

Quando o galo canta é madrugada,

Foi Exu na encruzilhada, batizado com dendê.

Rezo uma oração de traz pra frente,

Eu queimo fogo e a chama ardente aquece Exu , ô Laroiê.

Eu ouço a gargalhada do Diabo,

É Caveira, o enviado do Príncipe Lucifer.

É ele quem comanda o cemitério,

Catacumba tem mistério, seu feitiço tem axé.

Ê, Caveira!

Ê, Caveira, afirma ponto na folha da bananeira, Exú Caveira! (x2)

Na Calunga, quando ele aparece,

Credo e cruz, eu rezo prece pra Exu, dono da rua.

Sinto a força deste momento,

E firmo o meu pensamento nos quatro cantos da rua.

E peço a ele que me proteja,

Onde quer que eu esteja ao longo desta caminhada.

Confio em sua ajuda verdadeira,

Ele é Exu Caveira, Senhor das Encruzilhadas. Ê Caveira!

Ê, Caveira, afirma ponto na folha da bananeira, Exu Caveira! (x2)

5.

Exu Caveira, comedor de carne crua

Espere o seu lá no meio da rua

6.

Caveira, estou te chamando

pra minha banda afirmar

Caveira vem do cemitério

Exu veio sarava

Exu Chico

Já bateu meia-noite

eu mandei lhe chamar

É o céu, é o Chico do fundo do mar

Serra, serra, serrador

Serrando as mirongas do fundo do mar

Exu Cigano

Essa cartada ninguém vai ganhar

O vencedor acaba de chegar

Salve Exu Cigano que veio de lá

E junto com ele eu vou girar

Exu Curador

1.

Em terreiro de kimbanda

Exu vem pra saravar

Se preto-velho é doutor

Ele é Exu Curador

2.

Boa noite, meu senhor

Exu no reino chegou

Vamos louvar nossa kimbanda

Viva Exu Curador

3.

Estava na encruza curiando,

Quando a banda lhe chamou

Exu no terreiro é rei,

Na encruza ele é doutor

Exu pega demanda,

Exu é curador

Destranca-Rua

Eu vi um clarão no céu

Eu vi um clarão na lua

Eu vi um casal na esquina

Era Pomba-Gira e o Destranca-Rua!

Gargalhada

1.

Ri, quá, quá, quá,

Ai que linda risada que o Exu vai dar

Risada de quá, quá, quá

2.

Quem pensar que o céu é perto,

Nas nuvens não vai chegar.

Seu Gargalhada está rindo

Do tombo que vai levar.

João Caveira

1.

João Caveira, vem

Vem me ajudar

Mironga é boa

Só pra quem sabe girar

Eu corro o céu

Eu corro a terra

Eu corro o mar

Também corro a encruzilhada

Para todo o mal levar

2.

Quando vou ao cemitério

Peço licença para entrar

Bato com o pé esquerdo

E começo a saravar

Eu saravo Omolu

E seu João Caveira também

E eu peço a proteção

Para o povo do além

3.

A porta do inferno estremeceu

Veio todo mundo para ver quem é

Era João Caveira

Com a mulher de Lúcifer

4.

Moro na porta do cemitério

Sou companheiro de Exu Porteira

Trabalho lá no Cruzeiro

Eu sou João Caveira

5.

Lá na calunga

Com as ordens de Seu Omolú

João Caveira toma conta do Cruzeiro

Eu saravei o mundo inteiro

Omolu foi quem deixou

Saravá dentro do cemitério

6.

Se for matar um boi,

O mate na porteira!

Dê o sangue pro diabo

E osso pro João Caveira!

7.

Mas ele mora naquela morada

Aonde não passa água, aonde não brilha o sol

Mas ele é João Caveira, é

Exu das almas da calunga, é

8.

Ele mora na pedra dourada,

Onde não corre água,

Onde não brilha o sol…

Mas ele é João Caveira, é,

É o Exu das almas,

Da calunga, auê..

9.

Chamam-me João Caveira

Omolu que me batizou.

Suas ordens eu vou cumprindo

Ogum Megê foi que mandou.

Exu do Lodo

1.

Exu do Lodo,

Do Lodo ele é odê.

Quem é esse Exu,

Agora eu quero ver

2.

Deu uma ventania, ô ganga

No alto da serra, ô ganga

Mas era Exu do Lodo, ô ganga

Que veio na terra, ô ganga

3.

Na praia deserta eu vi Exu,

Então meu corpo tremeu todo

Acendi minha vela e meu charuto,

Arriei minha marafo,

Saravei Exu do Lodo

Exu Maré

1.

Lá no mar de Marabô

lá no mar de Exu Maré

Eu fui na Calunga linda

pra pedir lhe que quizer

Se você é quem quizer

você tem que acreditar

trabalho da Calunga é

lá no fundo do mar

2.

Fazendo sua magia

ele vem nas ondas do mar

pra mostrar quem ele é

vem para vencer demandas

Ele é Exu Maré

3.

Quando a maré escoa

a praia vai ficando vazia

é Exu Maré que vem chegando

saravando as encruzilhadas

fazendo sua magia

4.

Exu Maré, Maré, Maré…(bis)

Afirma o cabrito,

Levanta o quatro pé,

Afirma o seu ponto,

Vem chegando Exu Maré.(bis)

Exu Maré,

Pomba Gira da Praia,

Exu na areia.(bis)

5.

Eu fui no mar!…

Eu fui na beira da praia,

Pra saudar Exu Maré,

E a Falange do Povo do Mar

Exu Maré!… Eu vim aqui pra te saudar!

Exu Maré e a Falange do Povo do Mar.

Você tem que ver!… Você tem que acreditar!…

Que a maior calunga é…

A calunga do fundo do mar! (bis)

6.

Ele vem nas ondas do mar,

Pra mostrar quem ele é.

Vem para vencer demandas,

Ele é Exu Maré. (bis)

Exu Maré é Rei na Quimbanda,

Exu Maré é Rei, ele é,

Nas demandas não nega fogo,

Trabalhando nas encruzas,

Ele é Exu Maré.

7.

Quando a maré escoa,

A praia fica vazia.(bis)

Exu Maré vem chegando,

Saravando a encruzilhada,

Fazendo sua magia. (bis)

8.

Chegou Exu Maré,

Para todo o mal levar.

Chegou Exu Maré,

Para nos descarregar. (bis)

9.

Maré, Maré!…

Vem do mar.

Maré, Maré!…

Vem pra trabalhar.

Maré!… Teu povo te chama,

Maré!… Teu povo a chamar.

Maré, vem de Aruanda,

Maré, vem pra trabalhar. (bis)

Exu Marinheiro

01.

Diz Exu não é marinheiro

pra amarrar toco no mar

Cai chuva, cai sereno

toco no mesmo lugar

02.

Aí vem Exu Marinheiro do fundo do mar

Para trabalhar

Ele leva todas as palavras

Mas as verdades ficam no ar

Mirim

Meu senhor das almas

Não faço pouca de mim

Sou um exu criança,

Meu nome é Exu Mirim.

Sou um exu criança,

Meu nome é Exu Mirim.

Exu do Oriente

Oriente é

O lugar da vida

O lugar da paz

O lugar do amor

Eu sou Exu!

Eu sou Exu!

Lá do lado do Oriente

Vou pedir ao Oriente

Uma força pra me dar.

Mandaram-me uma cigana

Pra minha vida melhorar

Vou pedir ao Oriente

Uma força pra me dar

Mandaram-me uma cigana

Pra minha vida melhorar

Exu Rei

1.

A encruza é de exu

afirmo e não errei

saravá povo de kimbanda

saravá nosso Exu Rei

2.

Exu tava curiando na encruza

quando a kimbanda lhe chamou

Exu no terreiro é rei

na encruza ele é doutor

Exu dos Rios

1.

Meu senhor das almas

Exu dos Rios vem aí

Ele vem acompanhado

de seu irmão Tiriri

O rio corre pro mar

Rua corre pra encruza

Louvado seja Exu dos Rios

Que demanda não recusa

2.

Exu dos Rios nunca foi caiçara

Mas navega nas ondas do mar

Olha o mar como balança

Exu dos Rios está no mesmo lugar

3.

O rio nasce por detrás daquela serra

Vem descendo a montanha

E chega na beira do mar

É na beira do mar, Exu

É na beira do mar, Exu

Exu dos Rios é na beira do mar

4.

Exú dos Rios

Vai levar pro alto mar

Toda demanda

Que está a atrapalhar

As águas vão direto para o mar

Vão levar todos os males

Para o fundo do mar

Sete Encruzilhadas

1.

Ô sete, ô sete

Ô Sete Encruzilhadas

Toma conta e presta conta

Ao romper da madrugada

2.

Sete facas de ponta

Em cima de uma mesa

Sete velas acenas

Na Encruzilhada

Exu é Rei, Exu é Rei

Exu é Rei lá nas 7 Encruzilhadas

2.

Odara, Odara

Morador da encruzilhada

Firma seu ponto

Com sete facas cruzadas

(Odará!)

Filho de kimbanda

Pede com fé

Pra Seu Sete Encruzilhadas

Que ele dá o que você quer

3.

O meu Senhor das Almas

disse que eu não valho nada

Olha lá que ele é exu

Seu Exu Sete Encruzilhadas

4.

7 facas de ponta em cima de uma mesa

7 velas acesas láa na encruzilhada

Exu é rei… exu é rei… exu é rei nas 7 encruzilhadas

Sete da Lira

1.

Sou Exu, trabalho no canto

Quando canto desmancho quebranto

Sete cordas tem minha viola

Vou na gira de lenço e cartola

Viola é tridente

cigarro é charuto

Bebida é marafo

Sou Sete da Lira

Derrubo inimigo

No ponteiro de Aço

2.

As portas do inferno estremeceram

todos correram para ver quem era

eu dei uma gargalhada na encruzilhada

eram a pomba-gira e o compadre Lucifer

Exu Rei dos 7 Cruzeiros

Ele é Exu, vai arriar

Ele é de lei

Rei do Cruzeiro vai chegar (Bis)

Alupandê, Exu, alupandê,

Rei do Cruzeiro trabalhando eu quero ver (Bis)

Exu Rei das Almas (Exu Omolu)

No Cruzeiro das Almas eu vi

Eu vi um velho rezando

Mas ele era seu Omolú

Com seu rosário ele estava rezando

Exu Rei das 7 Encruzilhadas

1.

Mas dizem que Exu só bebe e dá risada

Mas ele é Exu, é o Rei das Sete Encruzilhadas

Seu Sete queima a tuia

E não vê mistério

E mora na encruza

Lá no cemitério (Bis)

A sua gira é forte

Não tem caçoada

Depois da hora grande

Vai girar na encruzilhada.

2.

Ai, meu senhor das almas

Não diga eu valho nada

Olha lá que eu sou Exu

Rei das 7 Encruzilhadas

Exu Rei da Lira

1.

As curas do Exu Rei da Lira

Têm uma beleza rara

O Rei da Lira começa

Aonde a medicina para

Mas ele cura mesmo

Cura, sim senhor

Ele cura a minha dor

2.

As portas do Inferno estremeceram

todos correram pra ver quim é

E deu a gargalhada lá na Encruzilhada

É a Pomba Gira e o compadre Lucifer

Giramundo

1.

Ê girê, o girá,

Gira Mundo vai chegar.

Ê girê, o girá,

Para todo mal levar.

Ê girê, o girá,

Lá para o fundo do mar.

Ê girê, o girá.

2.

Querem me matar

Gira Mundo

Querem me acabar

Gira Mundo

Toma conta dele

Gira Mundo

Vai girar com ele

Gira Mundo

3.

Gira gira gira gira Mundo

Como gira sem parar

Ele gira na encruza,

Ele gira na calunga

Gira em qualquer lugar

Nunca tem porta fechada,

Gira Mundo é Exu

No centro da encruzilhada

Tranca Ruas e Gira mundo,

Corre gira sem parar

4.

Está iluminada a sua banda

Está cheirando flor a sua cangira

Está iluminada a sua banda

Está cheirando flor a sua cangira

Seu Giramundo, um pedido eu lhe faço

Me abre a cangira e ilumina os caminhos por onde eu passo

Seu Giramundo, um pedido eu lhe faço

Me abre a cangira e ilumina os caminhos por onde eu passo

5.

Girou, girou

Girou, Exu Gira mundo

Girou, girou

Pomba gira que vence demanda

Rainha da encruza, saravá Quimbanda (Bis)

Eeee saravá Quimbanda

Eeea saravá Quimbanda

Guerreiro

Galo cantou na beirada do terreiro

Galo cantou na beirada do terreiro

Pra saudar a encruzilhada

Aonde mora Exu guerreiro

Marabô

1.

Nas porteiras da calunga

Nos campos de Marabô

Corre, corre toda a encruza

Seu Marabô é quem chegou

2.

Na porta do cemitério

Eu vi um moleque só

A pular de cova em cova

A procura de um coração

Mas que moleque é aquele

É Seu Marabô

3.

Exu Marabô

É Marabô de sinhá

quem quiser chamar exu

exu é de querer querer

4.

Tava curiando na encruza

Quando a Umbanda me chamou (bis)

Exu na quimbanda é rei

na Umbanda ele é doutor

Exu quebra demanda

Exu é Marabô

5.

Deu uma ventania, oi ganga

No alto da serra – bis

Era seu Marabô, oi ganga

Que vem descendo a serra

6.

Fui no mato, ô ganga

Apanhar cipó, ô ganga

Encontrei um bicho, ô ganga

De um olho só…

Ô ganga, Exú Ganga é Marabô

Ô ganga, Exú Ganga é Marabô

7.

Exu Marabô

É Exu real

Toma conta da porteira

Toma conta do quintal

Marabô ele é pequenininho

Marabô ele é grande demais

Todos os pedidos que eu faço Marabô

Ele me satisfaz

8.

Vinha passeando pela rua

Quando ouvi Seu Marabô me chamar

Louvei a encruza, louvei a lua

Saravá seu Marabô, que caminha pela rua

9.

Marabô iê, Marabô

Marabô iê, Marabô

Cadê Marabô, cadê Marabô

Cadê Marabô, Marabô

10.

Oh eu tá aí

Quem foi que chamou

Olha lá que eu sou Exu

Me chamo Marabô

11.

Ele vem de longe, mas chega aqui

E quando vem alguém lhe chamou

Vem salvando toda a encruzas

Já chegou seu Marabô

12.

Eu vou mandar chamar,

Eu vou chamar lá de Aruanda. (bis)

Eu vou mandar chamar,

Seu Marabô na Quimbanda. (bis)

13.

Tava curiando na encruza

quando a banda me chamou

Exu na encruza é rei

no terreiro ele é doutor

Exu vence demanda

Exu é Marabô

14.

Quem nunca viu venha ver…

Marabô na encruza é de quenguerê.

Vinha passando pela rua

Quando ouvi Seu Marabô me chamar

Louvei a encruza, louvei a lua,

Saravá, Seu Marabô, que caminha pela rua.

15.

É noite

É noite de luar

Na Quimbanda gloriosa

Marabô tem seu lugar

Chefe da grande falange

Ele é o rei, vou me curvar

Tá chegando, já chegou

Marabô, vou sarava

16.

O o o o …

Sarava Marabo (Bis)

Justiceiro e amigo

Protejame do mal

E corta o perigo (Bis)

Eu vi você

Eu vi você trabalhando sem parar

Lá na porteira, a segurança.

Só você pode me dar

Marabo

Marabo, é meu grande protetor.

Andarilho dessa estrada

O senhor da madrugada

Trabalhando em meu favor (Bis)

17.

Capa e cartola preta

anel de ouro no dedo

Charuto, fumaça clara

Conhaque de casca rara

É ele Seu Marabô

Trabalha com mano e mana

Pisa certo iaô,

não brinca com Marabô. (X2)

Marabô, futuro e presente.

Marabô, presente e passado.

Marabô, a vida da gente

em cada búzio jogado.

Ah há há. Ele trabalha, é protetor.

Ah há há. Capa e bengala é Marabô.

Ah há há. Ele trabalha, é protetor.

Ah há há. Capa e bengala é Marabô.

Exu das Matas

1.

Eu vi um clarão nas matas

Eu achei que era dia

Era o Exu das Matas

Que fazia sua magia

2.

Ouvi um ruido nas matas,

não sei o que será.

Ele é o Exu das Matas

que acaba de chegar

3.

Soltei um pombo lá nas matas

Na pedreira não pousou

Foi pousar na encruzilhada

Exu das Matas quem mandou

Meia Noite

1.

Exu da Meia Noite

Exu da madrugada

Salve o povo da kimbanda

Sem Exu não se faz nada

2.

Deu meia-noite na terra e no mar

Deu no mato, na calunga, em todo lugar

Seu Meia Noite não tem hora pra chegar

Quando chega meia noite, chega em qualquer lugar

3.

Seu Meia Noite

Na terra e no mar

No mar e na calunga

Em todo lugar

Seu Meia Noite

Na terra e no mar

Chega Meia Noite

Gira em todo lugar

Exu Molambo

Exu Molambo é maroto

Só olha pra moça bela

Com sua garrafa de otin

Fica chamando da janela.

Ele é seu Molambo, é um exu

Seu fetiche leva pena de urubu

Morcego

1.

Nas trevas ele nasceu

Nas trevas ele cresceu

Exu Morcego ganhou forças

Quando o dia escureceu

Bateu asas, bateu asas

Exu Morcego bateu asas

2.

Exu Morcego ganhou um Obé de prata (Bis)

Pra cima ele ajuda, pra baixo ele mata (Bis)

Pantera Negra

Vermelho é a cor do sangue de meu pai

E verde é a cor da mata

Saravá seu Pantera Negra

Saravá a mata em que ele mora

Quirombô

Quirombô iá ô

Quirombô íá

Quirombô iá, feiticeiro

Quirombô iá, macumbeiro

Quirombô iá

Sete Encruzilhadas das Almas

É ele quem segura nossa banda

É ele quem segura este congá

Por isso vamos cantar

E bater palmas

Seu Sete encruzas das Almas vamos homenagear

Ena ena emojuba, emojuba (3X)

E no calor de nossas palmas

Seu Sete Encruza das Almas

Vamos homenagear

Sete Catacumbas

1.

No corredor do Inferno

eu vi seu Sete Catacumbas

Dançava de tumba em tumba [girava num pé só]

Pulando pelas macumbas

2.

Seu Sete Catacumbas já abriu sua tumba

Seu Sete Catacumbas já abriu sua tumba

Seu Sete Catacumbas já abriu e saiu

Gargalhou, gargalhou

Seu Sete Catacumbas já chegou

3.

A gente fala que ele é o escurecido

Espírito perdido que de noite apareceu

Ele divaga no meio da calunga

Ele vai de tumba em tumba

Mas de verdade não é

Não é alma perdida, nem espírito da tumba

Ele é Seu Sete Catacumbas

4.

Lá no cemitério

Sete Catacumbas gemeu

Saravou sua encruza

E levou o mal que é seu

5.

Na sétima cova do cemitério

Sete Catacumbas gemeu

Saravou sua encruza

E levou o mal que é meu

6.

Eu andava numa estrada perdido,

Cheio de medo, na escuridão…

Foi quando encontrei um homem,

Que me dizia pra não ter medo não!

Ele era seu Sete Catacumbas,

Que veio da calunga

E me estendeu a mão!

E nessa estrada já não tenho medo,

Pois tenho a minha fé,

E a sua proteção!

7.

Eu fui no cemitério

Às onze horas do dia

Exu se levantava

Catacumba tremia

8.

Ele vem da Calunga

Ele vem no terreiro

Ele vence feiticeiro

É ele quem faz

E não manda fazer

No seu nome tem sete

Sete demandas pra vencer

Firma ponto minha gente

Sete Catacumbas vai descer

9.

Lá na Calunga avistei um homem

Com uma garrafa de marafo na mão

Ele fumava, ele gargalhava

Era meia noite, ele gargalhava

Mas ele, mas ele é

Seu Sete Catacumbas fazendo seu axé!

10.

Escuta como soam os tambores

A festa das Almas vai começar

Ô, salve, Povo da Calunga

Salve Sete Catatumbas

Ele vem pra trabalhar

11.

Na sétima cova do cemitério

Sete Catacumbas gemeu

Saravou a sua encruza

E levou o mal que era meu

Sete Caveiras

1.

Sete Caveiras ele é um rei

Na magia negra

Ele é um sete, ele é um sete, sim

Ele é um sete que olha por mim

Seu Sete Caveiras não me deixa cair

Sete Cruzeiros

Sete Cruzeiros pede oração

Sete Cruzeiros vai nos ajudar

Fumando seu charuto

Bebendo sua marafa

Ele faz sua mironga

Ele é o Sete Cruzeiro

Que vem pra trabalhar

Mas ele é o Rei da Gira

Ele é quem vai girar

Ele é o Sete Cruzeiros

Que vem pra trabalhar

Tata Caveira

1.

Portão de ferro

Cadeado de madeira

Na porteira do cemitério

Encontrei Tata Caveira

2.

Ele vem vindo

Por detrás da bananeira

Saravá Rei Omolu

Saravá, Tatá Caveira

3.

Ele vem, ele vem, ele vem

Ele vem é de outro mundo

É Seu Tata Caveira

Que vem quebrando tudo

4.

Soltaram meu bode preto

Meia noite na calunga

Ele correu os quatro cantos

Foi parar lá na porteira

Bebeu marafo com Tatá Caveira!

5.

Mas ele vem daquela morada

Onde não corre água

Onde não brilha o sol

Mas ele é um Exu de fé

É Tatá Caveira da Calunga é

Tiriri

1.

Exu Tiriri, trabalhador da encruzilhada

Toma conta, presta conta

No romper da madrugada

2.

Eu vi Exu dando gargalhadas

Com tridente na mão

Sua capa bordada

Ele é Exu Tiriri

Morador lá da encruzilhada

Vem firmar seu ponto aqui

3.

Ele é Tiriri da kimbanda

Mora na encruzilhada

É chegada a sua hora

No romper da madrugada

Tranca Ruas

1.

O sino da igrejinha

Faz belém, blem, blom

Deu meia-noite

O galo já cantou

Seu Tranca Ruas

Que é dono da gira

Ô, corre gira

Pai Ogum mandou

2.

Deu um clarão na encruzilhada

E do clarão surgiu uma gargalhada

Não era o sol, nem era a lua

O que brilhava

Era o mestre Tranca Ruas

3.

Tanto sangue derramado, ô luar

Em cima do frio chão, ô luar

Ô luar, Ô luar

Ô luar!

Ele é o dono da rua, ô luar

Quem cometeu as suas faltas, ô luar

Peça perdão a Tranca Ruas

4.

Poder, poder, Tranca Ruas é quem traz

Poder, poder, Tranca Ruas é quem traz

Cuidado com o que diz, Tranca Ruas está por trás

Cuidado com o que faz, Traca Ruas está por trás

5.

Deu meia noite, a lua se escondeu

Lá na encruzilhada, dando a sua gargalhada

Tranca Ruas apareceu

É, laroyê, é mojibá, é mojibá, é mojibá

Se ele é exu, ele é odara

Quem tem fé em Tranca-Ruas

É só pedir que ele dá

6.

É meia-noite, a hora é essa

Seu Tranca Ruas já chegou

Agora é festa!

7.

Nas sete encruzilhadas

tem um rei que mora lá

Seu Tranca Ruas me deu boa noite

Já começou a trabalhar

8.

Boa noite, lua cheia

Lua nova do meu lado

Tranca Ruas é quem chegou

Vai comandar o seu reinado

9.

Eu só quero ver quando o dia clarear

Tranca Ruas trabalhando só pra me ajudar

Eu só quero ver quando o dia clarear

Tranca Ruas curiando só pra me ajudar

Eu só quero ver quando o dia clarear

Tranca Ruas na encruza só pra me ajudar

10.

Ah, como é triste a gente amar alguém

E esse alguém não amar ninguém

Eu adoro o sol, eu adoro a lua

Na encruzilhada eu adoro Tranca Rua

11.

Soltaram um pombo na mata

Na pedreira não pousou

Foi pousar na encruzilhada

Tranca Ruas quem mandou

12.

O inferno, o inferno pegou fogo.

Seu Tranca Ruas apagou

Foi na gira de Exu

Seu Marabô, seu Tranca Ruas apagou

13.

Seu Tranca queima tuia e não tem mistério

Exu mora na encruza lá do cemitério

A sua gira é forte e não tem caçoada

Depois da hora grande vai girar na encruzilhada

14.

Lá na encruza, na encruza

Existe um homem valente (Bis)

Com sua capa e cartola

Com seu punhal entre os dentes (Bis)

É madrugada (Bis)

É madrugada, é madrugada

E ele está a meu lado. (Bis)

Por eu lhe peço Tranca Ruas

Seja o meu advogado. (Bis)

Tranca Rua das Almas

1.

Salve as Almas Benditas

Do Cruzeiro das Almas

Está chegando na kimbanda

Seu Tranca Rua das Almas

2.

Quem trabalha com as Santas Almas

Não tem medo de assombração

Sou filho de Tranca Ruas

Tenho as Almas no coração

3.

Tranca Ruas das Almas

Mora no alto da Lomba

Onde o galo canta

Onde as Almas estão de ronda

4.

Viva as almas

Salve a coroa e a fé

Salve Exu das Almas

Ele é Tranca Ruas de fé,

Ô viva as Almas!

5.

Se precisar de mim, é só mandar me chamar

Se precisar de mim, é só mandar me chamar

Acende uma vela pra almas que Exu Tranca Ruas vai te ajudar

Se precisar de mim é só mandar me chamar…

Acende uma vela pra almas que Exu Tranca Ruas vai te ajudar

Ele é Tranca Ruas das almas, ele é

6.

Foi nas almas

Foi nas almas

Foi nas almas que nasci e me criei

Foi nas almas que seu tranca-ruas me batizou

Foi nas almas

Foi nas almas

Foi nas almas, foi nas almas que nasci e me criei

Foi nas almas que seu tranca-ruas me batizou

Foi nas almas

Veludo

1.

Ninguém pode com ele

Mas ele pode com tudo

Lá na encruzilhada

Ele é Exu Veludo

2.

Exu Veludo, o seu bode deu um berro

Exu Veludo, o seu bode deu um berro

Arrebentou cerca de arame

E estourou portão de ferro

3.

Sua capa de veludo

Quando veio, deixou lá

Quando dava meia noite

Exu Veludo ia buscar

Ina mojubá ê, ina mojubá ô

4.

Exu Veludo

Quando vai chegar

Exu veludo

Quando vai chegar

Quer ver a terra tremer

quer ver balancear

Quer ver a terra tremer

Quer ver a fundanga queimar

5.

Deu meia-noite,

Quando o malvado chegou.

Era Exu Veludo,

Dizendo que era doutor.

Era Exu Veludo,

Dizendo que era doutor.

Mas ele é Exu, dizendo que é doutor,

Mas ele é Exu, irmão do Seu Marabô. (bis)

6.

Descarrega, seu veludo,

Leva o que tem de levar.

Com sua força bendita,

Leva o mal para o fundo do mar.

Ventania

1.

Deu meia noite,

Na terra e no mar!…

No mato e na calunga,

Em todo lugar!…(bis)

Seu Ventania

Não tem hora pra chegar! (bis)

Depois da meia noite,

Chega em qualquer lugar!…(bis)

Deu meia noite…

2.

Ventania balançou,

Folha caiu na encruza. (bis)

Era Exu dos Ventos,

Com ele ninguém abusa.

Exu é malelê,

Exu dos Ventos, ô ganga

Ganga, num ganga, malecô,

Exu dos Ventos é ganga

Pombagiras

Bruxa de Évora

Lá vai a Bruxa de Évora

Com seu gato feiticeiro

De dia trabalha no mato,

De noite com seu candeeiro

Maria Navalha

Ela traz uma navalha que corta o mal e a injustiça

Protegida de Zé Pelintra, Maria Navalha não brinca

Caminhou de rua em rua, em busca de moradia

Foi na beira do cai que conheceu a boemia

Ela é de laroyê, ela é de mojubá

Ela é Maria Navalha que vem pra ajudar

Laroiê, laroiê

Ela é mulher de fé, laroiê

Foi na madrugada que a Navalha deu a sua gargalhada

Trabalhava na madrugada, trabalhava lá no cais

Maria Navalha da Calunga, faz o que você não faz

Foi na subida de uma serra que eu a vi trabalhar

Junto com Zé Pelintra para todo o mal levar

Ela é uma malandra de fé, ela é uma malandra de luz

Ela é Maria Navalha que não teme a mal nenhum

2.

Eu falei pra não mexer

Eu falei pra não brigar

Os rivais ela retalha!

Oh, lá no morro

Chamam ela de Maria

Mas na alta burguesia só lhe chamam de navalha

Maria Padilha

Arreda, arreda, que aí vem mulher (bis)

É Maria Padilha, Rainha do Candomblé

Exu Marabô vem na frente,

Dizendo quem ela é

Ela é Maria Padilha,

A mulher de Lucifér

Maria Padilha das Almas

Abre esta cova

Quero ver tremer

Abre esta cova

Quero ver balancear

Maria Padilha das Almas

O cemitério é o seu lugar

É no buraco que a Padilha mora

É lá na lomba que a Padilha vai girar

Maria Padilha da Calunga

Se você procura moça linda da rosa

Leva na calunga uma vela e uma rosa

Se você procura moça linda da rosa

Leva na calunga uma vela e uma rosa

E na calunga, com sua capa dourada,

Uma forte gargalha ela vai se apresentar

Maria Padilha vai lhe dar sua proteção

É só pedir com fé e amor no coração

Se você procura moça linda da rosa

Leva na calunga uma vela e uma rosa

Se você procura moça linda da rosa

Leva na calunga uma vela e uma rosa

Maria Padilha, moça rica, idolatrada

Que reina na kimbanda e nas 7 encruzilhadas

Maria Padilha, abre meus caminhos

E com sua rosa tira os meus espinhos

Maria Molambo

1.

Lá no morro tem

lá no morro há

uma linda lixeira

pra Molambo morar

Bebe, Molambo, bebe

Ensina os seus filhos a viver

Gira, Molambo, Gira

Até o dia amanhecer

Lá no morro tem, lá no morro há

uma linda roseira,

pra Molambo se enfeitar

Gira, Mulambo, gira

Gira pros seus filhos proteger

Trabalha, Mulambo, trabalha

Até o dia amanhecer

2.

Quem é essa moça

Que vem estalando osso

É Maria Mulambo

Que mora no fundo do poço

3.

Foi uma rosa que eu encontrei na encruzilhada,

foi uma rosa que eu plantei no meu jardim

Maria Molambo, Maria Mulher,

Maria Molambo és rainha no Candomblé

4.

Lá no morro tem, lá no morro há

Uma linda lixeira

Para a Mulambo morar

Bebe Mulambo, bebe

Ensina os seus filhos a viver

Gira, Mulambo, Gira

Gira até o dia amanhecer

5.

Maria Molambo traz

Linda saia com sete guizos

Quando roda nos terreiros

Trabalhando nas demandas

Mostra que tem muito juízo

6.

Ela trabalha,

De segunda a segunda,

E quem não gosta dela,

Diz que ela é vagabunda,

Ela gira no sol,

E também gira na lua,

Ela é Maria Mulambo,

Ela é mulher da rua.

7.

Mas que caminho tão escuro,

Que vai passando aquela moça. (bis)

Com seus farrapos de chita,

Estalando osso por osso. (bis)

Olha minha gente,

Ela é farrapo só. (bis)

Pomba-Gira Maria Molambo,

É de coró, có có. (bis)

8.

Maria Molambo traz,

Linda saia com sete guizos. (bis)

Quando roda nos Terreiros,

Trabalhando nas demandas,

Mostra que tem muito juízo.

Morena da Praia

Foi de tanto lamentar,

Que seu lamento ecoou! (bis)

Foi no canto do marujo,

Que a Morena da Praia se encantou!… (bis)

Ele foi pro mar!…

Ele foi navegar!… (bis)

Espera Morena espera,

Que teu homem vai voltar!…(bis)

Pombagira da Calunga

Dentro da calunga eu vi,

Uma linda mulher gargalhar

Era Pomba-Gira da Calunga,

Que começa a trabalhar

Pombagira do Forno

O sino bateu,

Lá na calunga tremeu… (bis)

Mas quem era ela…

Mas quem era ela…

Pomba Gira do Forno apareceu. (bis)

Pombagira Cigana

1.

Pombagira é

Pombagira é

Dona Cigana, mulher bonita

Rainha do Candomblé

2.

Eu, eu avisei

que você não jogasse

essa cartada comigo

Você apostou no valete

e eu apostei na dama

amigo, vê se não se engana

pombagira das almas

não é pombagira cigana

3.

Vinha caminhando a pé

Para ver se encontrava a pombagira cigana de fé (2x)

Ela parou e leu minha mão

E me disse toda a verdade

E eu só queria saber se ela é

A pombagira cigana

4.

Cigana

Leva o que tem que levar

Leva minha quizila

Leva pro fundo do mar

5.

No caminho do terreiro eu

Encontrei uma mulher

Vinha linda e perfumada

Eu quis saber quem ela é

Pomba Gira cigana, Pomba Gira, ela é

Ela vem caminhando, ela chega girando

Na ponta do pé

Maria Padilha

1.

Aonde é que a Maria Padilha vive

Aonde é que a Maria Padilha mora

Ela mora na mina de ouro

Onde o galo não canta

E a criança não chora

2.

Maria Padilha, eu vim cantar em seu louvor

Meus caminhos estão fechados , abra eles, por favor

Na barra da sua saia corre água e nasce flor

3.

Maria Padilha, você é a flor perfeita

Que vem dentro desta seita

Para aqueles que tem fé

Tu és a rosa que perfuma a kimbanda

Vencedora de demanda

Com amor e muito axé

Maria Padilha, não me deixe andar sozinho

Põe a rosa sem espinhos

Nos caminhos aonde eu passar

Ó, pombogirê, ó, pombogirá

Faça um tapete de rosas

Para que eu possa caminhar

4.

Lá atrás daquele morro,

Passa boi, passa boiada,

Também passa Maria Padilha,

Rainha da Encruzilhada.

Maria Quitéria

1.

Ali vem Sá Maria Quitéria

Trazendo um axé no pé

Balançando sua saia

Reforçando a nossa fé

2.

Quando eu bato palmas

Saravá a encruzilhada

Sarava Exu Mulher

Saravá Maria Quitéria

Rainha da Madrugada

Pombagira de Maceió

Pombagira aé, aé

Pombagira é de Maceió

Aonde mora a Pombagira?

Ela mora em Maceió!

Pombagira Menina

1.

Olha que menina linda

Olha que menina bela

É Pombagira Menina

Tá chamando da janela

Gira, Menina, Gira,

Gira que eu quero ver…

Gira, linda Menina,

Que o Exu não tem querer

2.

Ela é uma beleza

É Pomba Gira Menina

Na demanda não bambeia

Sua morada é na esquina

Pombagira da Praia

1.

A marola do mar já vem rolando…

Pomba-Gira da Praia já deu sua risada.

Ela é mulher bonita, muito formosa,

Trabalhando na areia ou na encruzilhada.

Kererê kererê,

Pomba-Gira da Praia é kererê.

Kererê, kererá,

Sua gira é formosa, oi saravá.

Quem quiser vá ver,

Quem não crê que vá olhar.

Pomba-Gira da Praia, meu sinhô,

Vem nas ondas do mar,

Vem nas ondas do mar.

2.

Morena da praia, tira seus olhos do mar (bis)

Espera, morena espera

Que teu homem vai chegar (bis)

Ele foi prá longe, foi navegar

Mas um dia ele volta, morena

Vem prá te buscar

Pombagira Rainha

1.

Estou sentindo falta de um sorriso

Que falta está fazendo aquele olhar

Encantos de uma Pomba Gira

Encantadora que tem nome de Rainha

Ah! A Pomba Gira, tu és a mais bela flor.

Trazendo da sua encruzilhada

A magia que liberta o amor

2.

Se a sua coroa é de ouro

A sua capa é encarnada

Pomba Gira Rainha tem força

Na calunga e na encruzilhada

3.

Senhora, quem te deu tanta beleza?

É Pomba Gira Rainha

Dona de rara nobreza

E no terreiro vem baixar

Para todos ajudar

4.

Pomba Gira Rainha

Que comanda a madrugada

Quando chega na encruza

Solta sua gargalhada

5.

Meu sinhô, meu sinhôzinho,

Gargalharam na encruzilhada. (bis)

Era Pomba-Gira Rainha, sinhô,

Que reinava na madrugada.

6.

Queiram bem a Exu,

Queiram bem a Exu, gente. (bis)

Eu quero bem a Dona Rainha,

Queiram bem a Exu, gente.

7.

Auê, Pomba-Gira Rainha,

Comandando a madrugada. (bis)

Quando chega nas encruzas,

Dá logo sua gargalhada. (bis)

Pombagira Rainha das Almas

1.

Rainha sua coroa brilhou (bis)

Rainha, que vem lá do cemitério

Pombagira das Almas

Sua coroa tem mistério (bis)

2.

Olha a moça bonita

Ela é a Rainha das Almas

Deu meia noite uma mulher a gargalhar

Deu meia noite uma mulher a gargalhar

Vamos sarava encruza

Pomba-gira das almas

Vamos sarava encruza

Pomba-gira das almas

Pombagira Rainha das 7 Encruzilhadas

1.

Se a sua coroa é de ferro,

A sua capa é encarnada

Saravá a Pomba Gira,

Rainha das Sete Encruzilhadas

2.

Eu vi uma leba na beira da estrada (resposta: uma leba…)

A morena bonita e bem trajada (resposta: uma leba…)

Que cantava, dançava e dava risada (resposta: uma leba…)

A Rainha das 7 Encruzilhadas.

3.

Sua coroa e de ferro

a sua capa encarnada

Sarava a Pombagira

Rainha das Sete Encruzilhadas

4.

Há meia-noite dando uma gargalhada

chegou a Rainha das Sete Encruzilhadas

Falou para a lua, falou para o sol

Estou fazendo um feitiço de amor

Pombagira Rainha dos 7 Cruzeiros

1.

Oi, que linda mulher, Exu,

Lá no Cruzeiro,

Ela é a Rainha, Exu,

Lá no Cruzeiro,

É a Pomba Gira, Exu,

Lá no cruzeiro.

2.

A Rainha chegou no reino,

No reino a Rainha chegou (bis)

Ela vem lá do cruzeiro,

Foi seu Sete quem mandou (bis)

Ela sacudiu os ombros,

Ela se balanceou. (bis)

Ela vem lá do cruzeiro,

Foi seu Sete quem mandou.

3.

Eu Vi uma Linda Mulher

Linda eu vi, Lá no cruzeiro a Girar

Lá ia Lá ia

Eu Vi uma Linda Mulher

Linda eu vi, Lá no cruzeiro a Girar

Lá ia La ia

Salve A Rainha do Cruzeiro, que só me faz enfeitiçar

4. É pra quem tem fé

É para quem tem fé, é para quem tem fé

É para quem tem fé, é para quem tem fé

Ela parou e me disse assim

“Sou Rainha do Cruzeiro, eu estou aqui

eu não quero ouro, eu não quero prata

mas eu só quero a sua fé!”

Eu acreditei, eu acreditei!

Que exu mulher fosse me ajudar

Eu levei pra ela sete champagnes

Rosas vermelhas foi pra enfeitar

Mas o que eu pedi ela me deu

Mas o que ela diz eu não consegui

Eu acreditei, eu acreditei!

Eu acreditei, eu acreditei!

“Eu vou lhe dar rios e cachoeiras

Também te dou o infinito mar”

Ela me disse assim e não foi asneira

Por isso me banho de tanto amar

Toda essa dádiva que eu conquistei

Mas somente porque eu acreditei

Eu acreditei, eu acreditei!

Eu acreditei, eu acreditei!

Mas o galo preto que eu te prometi

Eu não paguei, tá certo, não cumpri

“Mas o que tu me disse e me prometeu

Tu não cumpriu, então foi erro teu”

E é pra quem tem fé, é pra quem tem fé

É pra quem tem fé, é pra quem tem fé

É que eu percorri os sete caminhos

Eu procurei, mas não encontrei

E foi em um cruzeiro que eu andei sozinho

Na esperança que eu encontrei

Pois essa mulher eu vou encontrar

E pra sempre eu sei que vou te amar

É pra quem tem fé, é pra quem tem fé

É pra quem tem fé, é pra quem tem fé

Pombagira Do Cruzeiro

1.

Seu manto é de veludo

Rebordado todo de ouro

Seu garfo é de prata

Muito grande é seu tesouro

2.

Lá no Cruzeiro da Calunga

Eu vi uma farofa amarela

Quem não acredita em pomba-gira do cruzeiro

É melhor não mexer com ela

Rosa Caveira

1.

Sacode o pó que chegou Rosa Caveira!

Pomba Gira da calunga

Vem levantando poeira

Suas mandingas são

Cercadas de mistérios.

Saravá a Pomba Gira

Que vem lá do cemitério.

Se diz que faz é melhor não duvidar,

Porque a Rosa Caveira

Promete para não faltar.

Sacode o pó que chegou Rosa Caveira!

Pomba Gira da calunga

Vem levantando poeira.

Levo uma rosa quando vou ao seu axé.

Falo com Rosa Caveira,

Porque nela eu tenho fé.

Tudo o que peço

nunca me deixou faltar.

ela é muito famosa,

ina, ina, mojubá.

Sacode o pó que chegou Rosa Caveira!

Pomba Gira da calunga

Vem levantando poeira.

2.

Lá no cemitério tem um pé de aroeira

Quem mora lá é Rosa Caveira

3.

Quem caminha com Rosa Caveira

não tem medo do perigo

ela pisou, ela rachou

o crânio do inimigo

4.

Se enterrar meus garfos

Eu desenterro

A gira de Rosa Caveira

É na porta do cemitério

5.

Uma roseira nasceu na catacumba

Todas as almas esperavam essa flor

A roseira criou uma luz na escuridão

Mas os galhos da roseira se enrolaram num caixão

Apareceu uma mulher no lugar dessa roseira

no rosto havia um manto que escondia uma caveira

De um lado uma mulher muito linda e perfumada,

Do outro um esqueleto, uma caveira toda queimada

Oh que linda rosa, que linda roseira

Essa rosa tem espinhos, ela é mulher de Exu Caveira

Oh que linda rosa, que linda roseira

Essa rosa tem espinhos, ela é Rosa Caveira

6.

Foi uma rosa que eu achei que na encruzilhada

Foi uma rosa que ela deixou pra mim

O nome dela é Rosa Caveira

É a pombagira de toma conta de mim

(Ponto cantado composto por Fer Dias de Iansã)

Sete Saias

1.

Aê, Exu, cada pombagira mulher?

Cadê dona 7 Saias, Rainha do Candomblé?

2.

Dá gosto ver Sete Saias enfeitada (2x)

Com perfume e batom, Rainha da Encruzilhada (2x)

3.

Gira, gira, Sete Saias

Sete Saias está chegando

Sete barras tem sua saia

Sete Saias está girando

4.

Sete Saias nasceu num dia de sexta-feira

Sete Saias viveu por uma vida inteira

Sete Saias não morreu num dia de sexta-feira

Sete Saias não morreu num dia de sexta-feira

5.

Ô, Sete Saias,

estou cantando em seu louvor

Da barra da sua saia

Corre água e nasce flor