Pontos de Firmeza e Louvação
1.
Bate tambor lá na Angola
Bate tambor, Pai Antônio
Bate tambor, Pai José
Bate tambor, Pai Joaquim
Bate tambor lá na Angola
Bate tambor
2.
Eu andava perambulando
Sem ter nada pra comer
Eu pedi às Santas Almas
Que viessem me socorrer
Foram as almas quem me ajudou
Foram as almas quem me ajudou
Eu pedi às Santas Almas
Foram as almas quem me ajudou
(Meu Divino Espírito Santo
Viva Deus, Nosso Senhor)
3.
Chora, meu cativeiro,
Meu cativeiro, meu cativerá
Preto Velho que veio da Costa
Veio do Congo, Luanda e Guiné
Preto Velho de Nossa Senhora,
Vem no terreiro olhar filho de fé
Chora, meu cativeiro,
Meu cativeiro, meu cativerá
Preto Velho que gira na Angola
Preto Velho de Nossa Senhora
Filho de Zambi ele é meu protetor
Chora meu cativeiro,
Meu cativeiro, meu cativerá
Preto Velho aqui na terra
Trabalhou, tanto trabalhou
Até que um dia, lá na Aruanda
Nossa Senhora o abençoou
4.
Preto Velho tá quebrado
De tanto trabalhar
Preto velho tá cansado
De tanto curimbar – bis
Canta ponto, risca pemba
Que é longa a caminhada
Quem tem fé tem tudo
Quem não tem fé não tem nada
Preto velho que nasceu no cativeiro,
Hoje desce no terreiro,
De cachimbo e pé no chão,
Oi, pega na pemba, risca ponto,
Faz mironga,
Saravá Maria Conga,
Saravá meu Pai João.
5.
O Preto Velho, no tempo do cativeiro
Trabalhava o dia inteiro, na senzala a matuscar
Uma maneira de domingo ir no terreiro
Com arruda e guiné saravar seu Orixá
Ajuda eu, Preto Velho, ajuda eu a rezar
Ajuda eu, atabaque, ajuda eu a girar
Hoje o Preto quando desce no terreiro
Vem saravando os seus filhos com licença de Oxalá
Vem ensinando humildade e caridade
E a todos que tem fé um jeito de se salvar
Ajuda eu, Preto Velho, ajuda eu a rezar
Ajuda eu, atabaque, ajuda eu a girar.
6.
Chora meu cativeiro,
Meu cativeiro, meu cativerá
No tempo do cativeiro,
Quando o senhor me batia,
Eu rezava pra nossa senhora, meu Deus,
Como a pancada doía.
Chora meu cativeiro,
Meu cativeiro, meu cativerá
O branco batia no negro
De tarde, de noite, de dia
E o negro amarrado no tronco
Chorava e rezava pra Virgem Maria
Chora meu cativeiro,
Meu cativeiro, meu cativerá
A lágrima é branca do branco
É branca do negro também
Se o sangue do negro é vermelho
Do branco é vermelho, de Cristo é também
7.
Aruê, meu cativeiro
meu cativeiro, meu cativerá
Preto velho tava cansado
Ia pra senzala, batia o tambor
Preto velho dava viva a iaiá,
Dava viva a sinhá, dava viva ao senhor
8.
Preto Velho quando trabalha
Usa as folhas da arruda e guiné
Leva os males pra Aruanda
Salva seus filhos de fé
Pisa aqui nesse terreiro
Vem trabalhar velho curador
Derruba demanda de macumbeiro
Mostra o caminho do amor
Pega o pito, risca seu ponto
Acende a vela, lança ponteiro
Cura doença de qualquer filho
Com Oxalá que é seu protetor
9.
A fumaça do cachimbo da vovó
Sobe no ar, não vê quem não quer
A Preta Velha trabalha, trabalha
A mironga da velha está debaixo do pé
10.
Eu vi um clarão na mata
Eu pensava que era dia
Ô, mas era as almas,
Mas era as almas,
Mas era as almas,
No rosário de Maria
11.
As almas têm, as almas dá,
As almas dá pra quem sabe aproveitar
Toma cuidado que também pode tirar
12.
Na linha de Pretos-Velhos
Ninguém pode atravessar
Oi, segura a pemba, ê ê
Oi, segura a pemba, ê á
Oi, segura a pemba, ê ê
Oi, segura a pemba no Congá
13.
É Preto, é Preto
oh Cambinda
Todo mundo é Preto
oh Cambinda
Em terra de Preto
oh Cambinda
Eu também sou Preto
oh Cambinda
14.
Quem trabalha com as almas
Trabalha devagarzinho
Quem trabalha com as almas
Trabalha devagarzinho
É devagar é devagarzinho
Quem trabalha com as almas
Não se perde no caminho
É devagar, é devagarzinho
Quem trabalha com as almas
Não se perde no caminho
15.
Rei Congo, cadê Preto Velho?
Foi trabalhar na linha de Congo
É Congo, é Congo, é Congo
É de Congo, É Congo aruê
É Congo, é Congo, é Congo
Agora que eu quero ver…
16.
Preto velho bebe marafo
Fuma cachimbo
Pita cigarro
Preto velho, vem me benzer
Com arruda, guiné, azeite de dendê
Preto velho é justiceiro
Preto velho faz mironga
Preto velho é mandingueiro
Mandinga daqui
Mironga de lá
Ele vai trabalhar
17.
Vovó tem sete saias
Na ultima saia tem mironga
Vovó veio D’Angola
Pra rezar filhos de umbanda
Vovó tem sete saias
Na ultima saia tem mironga
Vovó veio D’Angola
Pra rezar filhos de umbanda
Com seu patuá
E figa de guiné
Vovó veio D’Angola
Pra salvar filhos de fé
Com seu patuá
E figa de guiné
Vovó veio D’Angola
Pra salvar filhos de fé
18.
Adorei as Almas
As Almas me atenderam
Eram as Santas Almas
Lá do Cruzeiro
19.
Congo, ê, Congo, ê
Congo de Sassaravá
Segura seus filhos
Que Deus é maior
20.
Saravá os preto velho,
Eles vem lá de Aruanda,
Eles vem trabalhar,
Com suas mirongas,
E seus patuá,
Saravá os pretos velhos,
Na fé de Oxalá.
21.
Ele é Preto Velho
Preto, sim senhor
Ele é Preto Velho, Meu Filho
Nego rezador
Sentado no toco
Ele vem trabalhar
E a sua doença, meu filho
Ele vai levar
22.
Foi lá
Aonde as almas vão rezar – bis
As almas choram de alegria quando seus filhos combinam
Também choram de tristeza quando não quer combinar
23.
Ele vem de Angola , papai
Ele é Angoleiro, mamãe
Com a mão na pemba, papai
Ele é ligeiro mamãe
24.
Preto Velho está no reino
Saravando no terreiro
Saravá o cativeiro
Eles vivem lá na mata
Para todos ajudar
Eles trazem sua mironga
Sua força é de Oxalá
23.
As Almas do Cruzeiro
Sabem trabalhar
Bota dendê no fogo
Não deixa a lenha apagar
24.
Oh! Santas Almas
Do Rosário de Maria
Ajude a esse fio
A caminhar pelos seus dias
25.
Meu Santo Antônio
Não me deixe andar sozinho
Me manda as Santas Almas
Para abrir os meus caminhos
26.
Na Bahia tem
Vou mandar buscar
Lampião de vidro, sá dona
Para clarear
27.
Quando o galo canta
Em louvor a Maria
As Almas rezam
uma Ave Maria
Ave Maria,
Cheia de graça
O Senhor é convosco
Bendita sois vós
Entre as mulheres
Do vosso ventre
Nasceu Jesus
28.
Cajueiro bento
Aonde nasceu Jesus (bis)
Ó, Virgem Imaculada
Chora nos pés da cruz (bis)
Abre a porta do céu, São Pedro
Deixa as almas trabalhar (bis)
Vem, minhas Almas
Venham me ajudar
29.
Meu Santo Antônio, eu ando tão sozinho
Meu Santo Antônio, eu ando tão sozinho
Na fé das Almas, meu Santo Antônio
Não me deixe ficar sozinho
30.
Santo Antônio é de Lisboa
Tem coroa de Guiné
Abenção, minhas Almas Santas
Reforçai a minha fé
31.
Santo Antônio é de ouro fino
Minhas Almas ajuda eu
Santo Antônio, São Benedito
Minhas Almas ajuda eu
As Almas dos necessitados
Santo Antônio ajuda eu
As Almas dos acorrentados
Santo Antônio ajuda eu
As Almas dos afogados
Santo Antônio ajuda eu
32.
Lá no Cruzeiro das Almas
Tem fita preta e amarela (bis)
Quem não acredita nas Almas
Acho bom não mexer nelas (bis)
33.
Cacarucai, as Almas
Preto-velho no terreiro
Cacarucai, as Almas
Se livrou do cativeiro
34.
Preto-velho na senzala
Padeceu, padeceu
Preto-velho não chorava
Só dizia: Ai, meu Deus
Ai, meu Deus
Ai, meu Deus
35.
Seu doutorzinho
Quer que chame de doutor (bis)
É desaforo,
Cativeiro já acabou
Branco sabe ler
branco sabe escrever
Mas não sabe o dia em que morre
O preto é quem vai dizer
36.
Quenguelê, quenguelê, Xangô
Ele é filho da cobra coral (bis)
Olha preto, tá trabalhando
Olha branco, tá só olhando (bis)
37.
Foi, foi Oxalá
Quem mandou eu pedir
Quem mandou eu implorar
Às Santas Almas
Que viessem me ajudar
Atender aos meus pedidos
E me ajudar a trabalhar
38.
Quando nessa casa entrei
Eu louvei Maria
Quando nessa casa entrei
Louvei noite, louvei dia
Ave Maria
Cheia de graça
O senhor é convosco
Bendita sois vós
Entre as mulheres
Bendito é o fruto
Do vosso ventre
Nasceu Jesus
39.
Ele vem de Angola, bambarué
Vai chegar agora, bambarué
Com a mão na pemba, bambarué
Cantou vitória, bambarué
Curiosidade: Os Bambaras são um grupo étnico mandés que vive no oeste de África, principalmente no Mali mas também na Guiné, Burkina Faso e Senegal. Considera-se que eles estão entre os maiores grupos étnicos mandés, e são o grupo mandé dominante no Mali, com 80% da população a falar a língua bambara, independentemente da etnia.
40.
Eeh Luanda, eeh Luanda
Terra da macumba, do batuque e do canjerê
Terra da macumba, do batuque e do canjerê
Eu vou bater tambor
Eu vou bater tambor
Na minha curimba eu vou fazer meu canjerê
Na minha curimba eu vou fazer meu canjerê
41.
Ai, vovô, eu tenho medo
Ai, vovô, eu tenho medo
Ai, vovô, eu tenho medo
Da fumaça do cachimbo
Descobrir o meu segredo