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Congá é o altar dos terreiros de umbanda. O mesmo que gongá.

Nele são distribuídas as imagens de orixás, santos católicos e entidades espirituais, além de flores, quartinhas de água e outros elementos. Embaixo dele podem ser colocados os assentamentos do terreiro.

Seu objetivo é atrair forças espirituais para o terreiro, facilitando o contato com o plano e os guias espirituais. Por isso, deve ser cruzado e firmado pelo guia-chefe do terreiro (geralmente, um preto-velho ou caboclo).

Costuma se situar no fundo do terreiro, de frente para o público.

Congá

Segundo Omolubá:

“A posição ideal de um peji, gongá ou altar deve ser para o lado do sol nascente”.

Segundo o livro Ceremonias de Umbanda Cruzada (Bayo Editorial – 2003), congá vem de “congada”, uma reunião de congos, como antigamente se referiam aos negros de origem bantu. O congá seria, então, um lugar em que há diversas imagens representativas de negros escravos do Congo.

Um trecho do livro informa:

“Este tipo de altares eram montados pelos descententes destes escravos, em um culto primitivo que se denominava Culto das Almas ou Linha das Almas, em que se colocavam oferendas de tabaco, café e alimentos às Almas de seus familiares mortos. Mais tarde, este culto foi assimilado totalmente pela Macumba primitiva, dando origem na Umbanda à Linha das Almas, chefiada por Omolu, em que justamente chegam os Pretos-Velhos ou Negros Congos, que na maior parte do tempo são denominados ‘Pai’, ‘Mãe’, ‘Tio’, ‘Tia’, ‘Vô’, ‘Vó’, uma clara alusão aos laços familiares que existiam no Culto das Almas.”

Segundo Norberto Peixoto, em Umbanda Pé no Chão, essas são as funções do congá:

· atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas. Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o orixá regente do terreiro, mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.

· condensador: condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas etc.

· escoador: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar na frente do congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o congá) em potente influxo, como se fosse um pára-raios.

· expansor: expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.

· transformador: funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral,
devolvendo-o para a terra;

· alimentador: é o sustentador vibratório de todo o trabalho mediúnico, pois junto dele
fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.”

Referência

Arsenal de Umbanda – Evandro Mendonça – Anubis

Cadernos de Umbanda – Omolubá – Pallas – 2a Edição

Congá de Umbanda

Ceremonias de Umbanda Cruzada – Bayo Editorial – 2003

Umbanda Pé No Chão – Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento – 2008

Glossário de Bantuísmos Brasileiros Presumidos – Geralda de Lima V. Angenot, Jean-Pierre Angenot e Jacky Maniacky – 2013