Citado em alguns pontos de caboclos e colocado em assentamentos de alguns caboclos (neste caso, em geral, coloca-se um estilingue no lugar do bodoque).
Um ponto da cabocla Jurema diz:
Olha lá meu passarinho azulão
Quando voa não pisa no chão
Oh! Minha linda cabocla Jurema
Enfeitada de penas e bodoque na mão
Quem pode me levar não me leva
Quem não pode quer me levar
Segundo Câmara Cascudo:
“Arco com duas cordas de linho, paralelas e afastadas por travessas de madeira, com uma pequenina rede entre elas. Vulgaríssimo no Brasil onde está praticamente desaparecendo, mas resistindo no interior. Nunca foi industrializado mas pertenceu ao artesanato tribal e doméstico e mesmo infantil, como ainda pude verificar e dele participar, no Nordeste. Erland Nordenskiold demonstrou que o bodoque foi instrumento trazido pelo europeu e não de produção ameríndia, tornando-se vulgar entre os indígenas.”
Referência
Dicionário do Folclore Brasileiro” text=”Dicionário de Folclore Brasileiro – Luís da Câmara Cascudo – Ediouro