A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W Y Z
Ba Be Bo Bu
Beb Bêj Ben

Pode se referir ao atual país africano República Popular do Benim ou ao antigo Reino do Benim.

República Popular do Benim

País da África ocidental, cuja capital é Porto Novo. Até 1960, o país se chamava Daomé.

Seus principais grupos étnicos são os fons, iorubás, adjás, baribas, aizos e peúles. As religiões tradicionais desses povos são as mais praticadas no território, seguidas pelo islamismo e cristianismo.

Seu território não se confunde com o antigo Reino do Benim.

Reino do Benim

No passado, seu território compreendia diversos reinos, como Daomé, Borgu, Allada e Porto Novo.

Segundo Nei Lopes (Dicionário da Antiguidade Africana):

“Antigo reino da África Ocidental, situado a oeste do rio Volta, estendendo-se até a foz do rio Níger, na atual Nigéria. Suas primeiras unidades políticas foram criadas pelo povo Edo, aparentado aos iorubás, no primeiro milênio da Era Cristã. O território dos edos, coberto de florestas, viu nascer, ao longo dos séculos, numerosos pequenos Estados, entre eles o dos binis, um subgrupo do povo Edo, aparentado aos equitis iorubanos. Assim como todos os edos, devotam grande respeito ao seu rei, que é o obá de Benin. O grande reino do Benin era, então, no início, apenas um dos numerosos miniestados edos. Seus primeiros chefes, os que mandaram construir as primeiras muralhas, tinham o título de oguissô, ‘rei do céu’. Segundo a tradição, o primeiro deles foi Igodô, cujo filho, Erê, criou a espada cerimonial, o tamborete, o leque redondo de couro, os colares e as tornozeleiras de contas e outros símbolos da realeza local. Trinta e um oguissôs sucederam-se no poder, sendo alguns do sexo feminino. O último deles, Euedô, foi deposto porque teria cometido o sacrilégio de ordenar a execução de uma mulher grávida. Seguiu-se um período de anarquia e turbulência. Então, os senhores em luta recorreram a Odudua, o grande líder de Ifé, pedindo-lhe que mandasse um governante. Odudua não chegou a lhes enviar o príncipe que queriam, pois veio a falecer. Entretanto, conforme instruções do pai, seu filho e sucessor Obalufã enviou Oraniã para assumir e organizar os edos e governá-los. Do século XI ao XV d.C., o Benin desenvolveu-se como um dos maiores centros mercantis da região do golfo da Guiné. Segundo André Berthelot, citado por Obenga (1973), o Estado teria criado e mantido, em tempos bem antigos, um corpo de marinha. Nos séculos XV e XVI d.C., sob os obás Euare e Esigie, o Benin afirmou-se como um grande império”.

Referência

Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana – Nei Lopes – Selo Negro – Açabá

[eafl id=”3352″ name=”Dicionário da Antiguidade Africana” text=”Dicionário da Antiguidade Africana – Nei Lopes – Civilização Brasileira”]

[eafl id=”3384″ name=”African Folklore – An Encyclopedia” text=”African Folklore – An Encyclopedia – Philip M. Peek and Kwesi Yankah, Editors – Routledge – New York London”]