Entenda o que é mediunidade e quais são os seus tipos
Há vários tipos e níveis de mediunidade. Por exemplo, a clariaudiência, que é a habilidade de ver o plano espiritual. Mas nem todos os clarividentes a têm no mesmo nível e podem enxergá-lo de maneiras diferentes, com mais ou menos nitidez.
Abaixo, descrevemos resumidamente os tipos de mediunidade mais comuns já classificados pela literatura espírita, espiritualista e umbandista.
Tipos de mediunidade
Clariaudiência
Permite ao médium ouvir mensagens de espíritos, como se alguém estivesse falando com ele.
Clarividência
Permite aos médiuns que a possuem desenvolvida “ver claramente” o mundo espiritual e os espíritos que nele habitam, ou a aura das pessoas.
Desdobramento
Também conhecido como projeção astral, viagem astral ou projeção da consciência. Permite ao médium sair do seu corpo físico com seu corpo perispiritual e realizar tarefas no plano astral.
Para saber mais sobre esse tipo de mediunidade, consulte o site do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas (IPPB).
Incorporação
Ato em que o médium permite que um guia espiritual assuma, temporariamente, o controle do seu corpo, de suas ações e de sua fala.
É o tipo de mediunidade mais comum nas religiões de matriz africana, em que seus adeptos permitem a manifestação de orixás, caboclos, pretos-velhos, exus etc.
Materialização
Permite ao médium doar muito do seu plasma e assim materializar objetos ou tornar visíveis a todos espíritos que só seriam visíveis a clarividentes.
Mediunidade de efeito físico
Tipo de mediunidade em que a presença do médium resulta em fenômenos como: deslocamento de objetos, janelas que abrem e fecham sozinhas, músicas e aromas que surgem “do nada” etc.
Mediunidade de transporte
Permite que um médium incorpore uma entidade espiritual a qual geralmente não dá passagem.
Muito praticada em terreiros de umbanda, durante trabalhos de desobsessão, em que o “médium de transporte” incorpora o espírito obsessor que importuna o consulente, para que possa ser doutrinado e encaminhado no plano espiritual.
Mediunidade intuitiva
Também chamada de inspiração ou irradiação. Permite ao médium sentir a presença de entidades espirituais e reconhecer os seus recados sob a forma de uma forte intuição (e não de visões ou vozes).
Quando a mediunidade intuitiva revela fatos prestes a acontecer, ou que aconteceram à distância, isso é chamado de premonição ou precognição.
Mediunidade olfativa
Permite que o médium perceba a aproximação de entidades espirituais ao sentir aromas que outras pessoas presentes no mesmo local não sentem.
Em alguns casos, o médium sente cheios relacionados a acontecimentos. Por exemplo: o médium sente o cheiro do sangue relacionado a um crime.
Pictografia
Permite ao médium pintar quadros sob a influência de espíritos, criando as famosas pinturas mediúnicas.
Psicofonia
Nela, um espírito controla temporariamente o aparelho fonador do médiuns, que diz as mensagens da entidade. Difere-se da incorporação, pois nessa o espírito toma controle de todo o corpo do médium, não somente da sua fala.
Psicografia
Também chamada de mediunidade mecânica. Nela, o espírito controla somente o braço do médium, para que possa passar suas mensagens escritas, sem que o médium tenha consciência do que está escrevendo. Alguns médiuns chegam a receber duas mensagens distintas, ao mesmo tempo, uma com cada mão.
Psicometria
Permite ao médium ler o registro astral e temporal de objetos físicos e revelar o seu histórico.
Segundo a Apostila do Curso de Formação Sacerdotal da Federação Umbandista do Grande ABC:
“Faculdade mediúnica que permite a determinados Médiuns reconstruir fatos relativos a objetos e coisas, pelo simples contato com esses objetos e, até mesmo relacionar esses objetos com seus possuidores, ou outros que tenham tocado nos mesmos objetos”.
Xenoglossia ou Glossolalia
É o ato de falar em outras línguas que o próprio médium desconhece.
Desenvolvimento mediúnico
O desenvolvimento mediúnico é uma prática comum na umbanda. Embora o médium já nasça com essa capacidade, é preciso estimulá-la e educá-la. Isso é necessário para que seja capaz de realizar um trabalho mediúnico de qualidade, em prol de seus semelhantes.
Na umbanda, o desenvolvimento é realizado pelos guias espirituais que trabalham no terreiro e que “puxam” as entidades dos médiuns mais novos. Ou seja, provocam a incorporação dos mesmos. Outros recursos também podem e são usados com frequência para auxiliar o desenvolvimento, como banhos de ervas, amacis, obrigações para orixás e entidades, entre outros, de acordo com a tradição e doutrina de cada terreiro.
Referências
Apostila de Desenvolvimento Mediúnico do Colégio Tenda de Umbanda 2 Caboclos (Módulo 02)
Apostila do Curso de Formação Sacerdotal da Federação Umbandista do Grande ABC
Livro Essencial de Umbanda – Ademir Barbosa Junior